CACHORRO TEM DENGUE?
Quando as temperaturas se elevam, naturalmente há uma maior proliferação de mosquitos, entre eles o Aedes Aegypti. Em nós, humanos, quando a fêmea contaminada nos pica, podemos desenvolver a dengue. Os surtos da doença, infelizmente, ainda são frequentes no verão, mas será que o cachorro também pode ter dengue?
DENGUE EM CACHORRO
Embora que o Aedes aegypti possa picar o cãozinho, o mosquito só transmite a doença para os humanos. Nós somos os únicos reservatório vertebrado do vírus. Por isso, mesmo que o cão seja picado, ele não vai desenvolver a doença.
Uma explicação possível, publicada em 2001 no Journal of Medical Entomology, é que o sangue do humano tem uma determinada concentração de isoleucina, uma proteína. O mosquito se utiliza dela para sintetizar as suas reservas energéticas e conseguir se reproduzir. É por isso que ele nos escolhe para se alimentar e, por acidente, acaba por transmitir a dengue. Mas mesmo assim, é preciso manter longe esse mosquito dos animais.
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O QUE É A DIROFILARIOSE?
O Aedes Aegypti pode carregar um verme chamado Dirofilaria immitis. O nome é complicado, mas é importante conhecer. O organismo do cachorro é um ambiente muito propício para o parasita se desenvolver. Ao fazer isso, a doença progride e passa causar lesões no coração e nos vasos sanguíneos, o que resulta em uma redução do fluxo circulatório pulmonar. No entanto, em casos mais graves, o bichinho tem insuficiência cardíaca.
SINTOMAS DA DIROFILARIOSE
O parasita se multiplica e evolui de forma lenta, mas pode chegar atingir até 20 centímetros. Os sintomas que o cachorro pode apresentar são:
- Tosse seca;
- Dificuldade para respirar;
- Aumento do volume abdominal;
- Fraqueza;
- Desmaios.
OUTROS MOSQUITOS TRANSMISSORES
Infelizmente, não é só o Aedes Aegypti que transmite a dirofilariose. Mais duas espécies de mosquito podem ser propagar a doença: o Cullex (pernilongo comum) e também o Anopheles, conhecido como mosquito-prego. Mas os insetos transmitem também outras enfermidades. A exemplo do mosquito-palha, esse pode carregar um protozoário que causa a leishmaniose visceral canina. Essa doença afeta os rins, fígado, estômago, coração e até mesmo a medula óssea. Por isso, sempre que seu bichinho apresentar qualquer sintoma diferente, leve-o em um médico veterinário, só ele poderá afirmar com certeza o diagnóstico e o tratamento que deve ser seguido.
CONHEÇA MAIS SOBRE A LEISHMANIOSE
A “DENGUE” DE CACHORRO
Porém, alguns cães apresentam todos os sintomas da dengue hemorrágica: sangramento, enjoos, febre e apatia. No entanto, pode ser a erliquiose. Também conhecida como a doença do carrapato, é mais comum nas estações mais quentes do ano. Ela causa impacto direto no sistema imunológico e na capacidade de cicatrização, o que resulta em uma série de outras complicações.
SINTOMAS E FASES DA ERLIQUIOSE
No entanto, é importante saber que o prognóstico da erliquiose canina é diferente para cada cão. Ele pode variar de acordo com a resposta do organismo, a gravidade, a espécie de Ehrlichia, mas até mesmo da presença de outros microrganismos transmitidos pelo carrapato.
FASE AGUDA DA ERLIQUIOSE
O parasita pode ficar incubado no cão por até 21 dias. Nesse tempo, o cachorro tenta combater a doença. Nesta fase, é difícil identificar a erliquiose, os sintomas são muito leves. No entanto, se um hemograma simples for feito, vai dar para ver alteração. Isso porque o número de células de defesa tende a cair, já que elas tentaram vencer a doença. No caso do sistema imunológico não conseguir conter a enfermidade, os sintomas são:
- Febre;
- Fraqueza;
- Falta de apetite;
- Manchas avermelhadas na pele;
- Sangramento na urina e pelo nariz;
- Possibilidade de alterações oculares e neurológicas, como convulsões.
FASE SUBCLÍNICA DA ERLIQUIOSE
Se a doença não for curada, ela continua a se alastrar pelo corpo do cãozinho, até chegar na fase subclínica. Aqui, a bactéria ainda está no cão e o número de anticorpos no sangue são altos. Mesmo depois de anos, ainda pode constar uma leve alteração nos exames, mas não há mais sintomas.
No entanto, só há duas possibilidades neste caso: o agente é eliminado ou, então, os complexos que foram formados pelas bactérias e anticorpos, os imunocomplexos, se espalham por vários órgãos e inicia a terceira fase da doença.
FASE CRÔNICA DA ERLIQUIOSE
O cão passa a ter os mesmos sintomas da fase aguda, porém soma-se com a instalação de infecções secundárias, comprometimento da medula óssea, anemia e a queda do número da contagem de plaquetas. Já os imunocomplexos espalhados pelo corpo podem causar problemas renais, artrite, entre outros.
ERLIQUIOSE CANINA PASSA PARA O HUMANO?
Não, a doença é transmitida apenas pela picada do carrapato. Outro ponto é que a Ehrlichias mais comum que nos afeta, não é da mesma espécie que traz a enfermidade para o cachorro. No entanto, a Erliquiose pode se disseminar por qualquer espécie do carrapato, tanto em cães como em humanos.
Em nós, os sintomas são bem parecidos com os do cãozinho: febre, fraqueza, aumento dos linfonodos, sinais de infecção e imunidade baixa, que pode dar brecha para outras enfermidades.
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ERLIQUIOSE TEM CURA?
Sim, a doença tem cura! Mas é importante levar o animal o quanto antes a um médico veterinário para ter o diagnóstico correto e, então, o tratamento adequado. Se caso souber que o cachorro foi picado por um carrapato, esteve em algum lugar que isso pode ter acontecido ou qualquer outra pista da doença, informe tudo ao profissional. A Erliquiose pode ser diagnosticada por exames ainda na fase subclínica, aquela que não há presença de sintomas.
COMO PREVENIR A DIROFILARIOSE E A ERLIQUIOSE
É importante estar alerta o ano inteiro, mas principalmente nas estações mais quentes do ano, fique atento. Ambas são doenças que se tornam comuns no verão.
- Atenção na hora de viajar! De preferência, coloque no animal uma coleira contra mosquitos e carrapatos;
- Principalmente nos períodos mais quentes do ano, dedetize a sua casa, é mais segurança para você e seu bichinho;
- É recomendado sempre olhar na pele do cachorro em busca de pulgas e carrapatos. Os lugares mais comuns para aglomeração desses parasitas são orelhas, entre dedos e no pescoço.
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